Romantismo
Escola literária onde os escritores gostavam de expressar seus sentimentos e suas emoções mais íntimas.

Romantismo na Europa:
Surgiu na metade do século XVIII, na Inglaterra com os cantos de Ossian e na Alemanha com a obra de Werther(golthe), no mesmo período em que aconteciam duas revoluções, que influenciaram no desenvolvimento do romantismo.
Foram elas:
- Revolução Industrial (1822): Quando a mão-de-obra foi substituída pela maquina, pois o homem descobriu que tinha limites e a maquina os superava, gerando desemprego e, portanto grande revolta na sociedade.
- Revolução Francesa (1789): “Liberdade, igualdade e fraternidade”, esse tema é colocado em prática quando a burguesia que era a classe baixa da sociedade começou a ter direitos tanto quanto o clero (classe mais alta da sociedade) .

Características:
*Individualismo e subjetivismo: onde o poeta se torna individual, olhando apenas para si e não mais para a sociedade, e subjetivista expressando apenas suas idéias;
* Sentimentalismo: o poeta expressa seu romantismo e sofre por qualquer coisa;
* Sofrimento amoroso: o poeta sofre pela mulher amada, pois geralmente ela é algo intocável;
* Idealização do amor e da mulher: a mulher é considerada um anjo puro e intocável.
O amor é considerado um sentimento puro;
* Culto à natureza: Adoram o lugar em que vivem, considerando ele o melhor lugar para se viver;
* Evasão ou escapismo: Uma forma de fugir dos problemas e da realidade, voltando à infância ou planejando a própria morte;
*Liberdade artística: O poeta tem a liberdade de escrever o que quiser sem medo de agradar ou não os outros;
*Tédio, pessimismo e melancolia: Desgosto pela vida.

Romantismo no Brasil:
Surge no século XVIII, é considerada a primeira escola literária que realmente existiu no Brasil, começou em 1836, 14 anos após a independência brasileira.
Os fatos que marcaram o surgimento do romantismo no Brasil foram: ’
- Publicação da revista Niterói em Paris (1836) que trazia como título:” Tudo pelo Brasil e para o Brasil”.
- E o livro “Suspiros poéticos e saudades” de Gonçalves de Magalhães, lançado também em Paris, em 1836.
O Romantismo tinha o dever de falar bem do índio e da natureza pois o Brasil tinha a recém tornado-se independente e por isso precisava de uma literatura que o mostrasse para o restante do mundo de forma positiva, por esse motivo os poetas tinham como tema exaltar o índio e as belezas naturais brasileiras.

Prosa romântica brasileira:
- Romance Urbano: Temas ligados a vida na cidade;
-Romance Sertanejo ou regionalista: Focaliza a gente do interior, com seus costumes e valores;
-Romance Histórico: Volta-se para o passado;
-Romance Indianista: Trata sobre a figura do índio.


José Martiniano de Alencar:

Nasceu em Fortaleza dia 1de maio de 1829, na cidade de Messejana que era um município vizinho de Fortaleza.
Filho de um senador, e por esse motivo sua família teve que ir morar na capital brasileira, onde ele com 11 anos foi matriculado no colégio de Instrução Elementar, com 15 anos matriculou-se nos cursos preparatórios para à Faculdade de Direito de São Paulo, e começou o curso dois anos após a inscrição.
Nessa mesma época fundou a revisa Ensaios Literários onde ele publicou o artigo Questões de Estilo, seis depois já formado em direito, estréia como folhetinista no jornal Mercantil; nesse período inicia sua atividade literária.
Em 1856 publica seu primeiro romance Cinco Minutos,um ano mais tarde publicou A Viuvinha, mas ambos não fizeram sucesso.
No mesmo ano publicou O Guarani onde dessa vez alcança o reconhecimento do publico leitor, porque o Brasil estava necessitando de uma obra que exaltasse o índio, e foi o que José de Alencar fez em O Guarani.
José de Alencar foi e é considerado o grande nome da prosa romântica brasileira.
A obra dele pode ser dividida em:
- Indianista: O guarani (1857), Iracema (1865), Ubirajara(1874);
-Urbana: Lucíola (1862), Diva (1864), Senhora (1875);
-Regionalista: O Gaúcho ( 1870), O Sertanejo(1875);
-Historico: Guerra dos mascates(1873).

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Resumo do grupo sobre a obra O Guarani baseado nos outros três resumos.

Personagens:
- Peri: Índio da tribo Aimoré, valente, herói da história;
- Cecília(Ceci): moça branca filha de D. Antônio e Lauríana;
- Isabel: irmã de Ceci, mas tratada como ama;
- Lauriana: esposa de D. Antônia;
- D. Antônio: fidalgo português;
- D. Álvaro: enamorado de Ceci;
- D. Diego:filho de D. Antônio;
- Loredano: mau caráter, ex-padre e assassino.
A família de D. Antônio, fidalgo português e muito respeitado por todos, veio para explorar suas riquezas e expandir a cultura portuguesa, ele abrigava em sua casa dignos portugueses e também interesseiros que planejavam roubar ouro e prata, como o aventureiro Loredano ex- padre que matou um homem para pegar o mapa das famosas minas de prata, após ser acolhido pelo D. Antônio começa a planejar o plano de acabar com a família portuguesa e seus agregados, com exceção de Ceci, pois queria casar com ela.
Ceci, por sua vez, era vigiada pelo índio Peri, que já havia lhe salvado de uma avalanche de pedras e por isso D. Antônio e sua esposa confiavam plenamente nele. Por ser muito amigo de Ceci ele lhe pediu uma arma.
Tudo ia sossegado até que D. Diego, em uma caçada, assassina uma índia da tribo Aimoré causando enorme revolta em sua tribo, depois disso a família começa a sofrer constantes ameaças, a prova disso foi quando Ceci e Isabel estavam tomando banho em um rio e ouviram um disparo, esse disparo foi dado por Peri contra um dos dois índios que estavam observando Ceci para matá-la, o índio que sobreviveu contou para o restante da tribo, que resolveu atacar os portugueses. Mas Peri descobriu o ataque e contou para D. Antônio, que deixou seus homens preparados para se defenderem a qualquer momento.
Enquanto isso Loredano ia seguindo com seu plano sem ser descoberto, até que Peri ouve uma conversa de Loredano com outros dois homens em uma gruta onde ele revelava seu plano, Peri contou o que havia escutado apenas para Álvaro.
Logo após isso começa o ataque dos índios, mas Peri não descuida de Loredano, fazendo ir por água a baixo suas tentativas de acabar com a família e raptar Ceci.
Com muito mais homens os Aimorés vão ganhando a luta, Peri conhecendo a cultura de sua tribo aposta em uma solução indígena, toma veneno por que sabe que os Aimorés são antropófagos (comem a carne do inimigo), e que quando os índios comessem sua carne morreram todos envenenados seu plano estava dando certo, pois já estava sendo subjugado pelos Aimorés, quando D. Álvaro aparece e mata todos os índios presentes, depois disso Peri teve que tomar um antídoto contra o veneno que havia tomado; Álvaro é ferido e acaba morrendo, Isabel apaixonada por Álvaro mata-se envenenada sobre o corpo dele.
Ceci fica muito triste com a morte da irmã e por isso seu pai lhe da um vinho que a deixa entorpecida.
Loredano acreditando que estava seguro trama a morte de D. Antônio, mas é traído por seus comparsas, é preso e condenado a morrer na fogueira como traidor.
Os índios continuavam atacando e cercaram a casa. Peri torna-se cristão á pedido do pai de Ceci, podendo então tirar Ceci da casa e salva-la, D. Antônio e sua esposa vendo que iriam morrer explodem os barris de pólvora matando-se e matando os portugueses e os índios.
Ceci é levada por Peri para dentro da mata, quando ela acorda ele lhe conta que seus pais haviam morrido,e ela sentiu-se muito sozinha então ele falou que iria levá-la para a casa de seus tios no Rio de Janeiro mas ela disse que preferia morar com ele na mata.
A tempestade fez com que as águas subissem e Peri por segurança sobe com Ceci em uma palmeira, vendo que morreriam afogados Peri arranca a palmeira do chão fazendo dela uma canoa, que se perdeu no horizonte onde, provavelmente, com o tempo brotaria sementes da raça brasileira.

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Terceiro resumo do livro O Guarani

A família de Dom Antônio de Mariz enfrenta constantes perigos, comuns aos conquistadores: inimigos, florestas, selvagens indígenas.., mas Peri, um índio de "alma branca" está sempre pronto a socorrê-los, especialmente Ceci, a filha de D. Antônio! num combate com os Aimorés, a casa forte dos Mariz é cercada e Ceci é entregue a Peri (após ser batizado) para que seja levada à civilização. Na fuga, são surpreendidos por uma enchente e refugiam-se em cima de uma palmeira. Arrancada do chão, a palmeira serve como canoa para os dois, que são arrastados em direção a uma cachoeira.
Apostila Fóton pré- vestibular. Segundão literatura - 2002.

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Segundo resumo do livro O Guarani

A obra se articula a partir de alguns fatos: a devoção e fidelidade de Peri, índio goicatá, a Cecília; o amor de Isabel por Álvaro, e o amor deste por Cecília; a morte acidental de uma índia aimoré por D. Diogo e a consequente revolta e ataque dos aimorés, tudo isso ocorrendo com uma rebelião dos homens de D. Antônio, liderados pelo ex-frei Loredano, homem ambicioso e mal-caráter, que deseja saquear a casa e raptar Cecília.
Alvaro, que já conhecia o amor de Isabel por ele e também já a amava, se machuca na batalha contra os
aimorés. Isabel, vendo o corpo do amado tenta se matar asfixiada junto com o corpo de Alvaro, quando o vê vivo tenta salva-lo, porém ele não permite e morrem juntos.
Durante o ataque, D. Antônio, ao perceber que não havia mais condições de resistir, incumbe Peri à salvar Cecília, após tê-lo batizado como cristão. Os dois partem, com Ceci adormecida e Peri vê, ao longe, a casa explodir. A Cecília só resta Peri.
Durante dias Peri e Cecília rumam para destino desconhecido e são surpreendidos por uma forte tempestade, que se transforma em dilúvio. Abrigados no topo de uma palmeira, Cecília espera a morte chegar, mas Peri conta uma lenda indígena segundo qual Tamandaré e sua esposa se salvaram de um dilúvio abrigando-se na copa de uma palmeira despendida da terra e alimentando-se de seus frutos. Ao término da enchente,
Tamandaré e sua esposa descem e povoam a Terra.

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Primeiro resumo do livro O Guarani

Na primeira metade do século XVII, Portugal ainda dependia politicamente da Espanha, fato que, se por um lado exasperava os sentimentos patrióticos de um frei Antão, como mostrou Gonçalves Dias, por outro lado a ele se acomodavam os conservadoristas e os portugueses de pouco brio. D. Antônio de Mariz, fidalgo dos mais insignes da nobreza de Portugal, leva adiante no Brasil uma colonização dentro mais rigoroso espírito de obediência à sua pátria. Representa, com sua casa-forte, elevada na Serra dos Órgãos, um baluarte na Colônia, a desafiar o poderio espanhol. Sua casa-forte, às margens do Pequequer, afluente do Paraíba, é abrigo de ilustres portugueses, afinados no mesmo espírito patriótico e colonizador, mas acolhe inicialmente, com ingênua cordialidade, bandos de mercenários, homens sedentos de ouro e prata, como o aventureiro Loredano, ex-padre que assassinara um homem desarmado, a troco do mapa das famosas minas de prata. Dentro da respeitável casa de D. Antônio de Mariz, Loredano vai pacientemente urdindo seu plano de destruição de toda a família e dos agregados.
Em seus planos, contudo, está o rapto da bela Cecília, filha de D. Antônio, mas que é constantemente vigiada por um índio forte e corajoso, Peri, que em recompensa por tê-la salvo certa vez de uma avalancha de pedras, recebeu a mais alta gratidão de D. Antônio e mesmo o afeto espontâneo da moça, que o trata como a um irmão. A narrativa inicia seus momentos épicos logo após o incidente em que Diogo, filho de D. Antônio, inadvertidamente, mata uma indiazinha aimoré, durante uma caçada. Indignados, os aimorés procuram vingança: surpreendidos por Peri, enquanto espreitavam o banho de Ceci, para logo após assassiná-la, dois aimorés caem transpassados por certeiras flechas; o fato é relatado à tribo aimoré por uma índia que conseguira ver o ocorrido.
A luta que se irá travar não diminui a ambição de Loredano, que continua a tramar a destruição de todos os que não o acompanhem. Pela bravura demonstrada do homem português, têm importância ainda dois personagens: Álvaro, jovem enamorado de Ceci e não retribuído nesse amor, senão numa fraterna simpatia; Aires Gomes, espécie de comandante de armas, leal defensor da casa de D. Antônio. Durante todos os momentos da luta, Peri, vigilante, não descura dos passos de Loredano, frustrando todas suas tentativas de traição ou de rapto de Ceci. Muito mais numerosos, os aimorés vão ganhando a luta passo a passo.
Num momento, dos mais heróicos por sinal, Peri, conhecendo que estavam quase perdidos, tenta uma solução tipicamente indígena: tomando veneno, pois sabe que os aimorés são antropófagos, desce a montanha e vai lutar "in loco" contra os aimorés: sabe que, morrendo, seria sua carne devorada pelos antropófagos e aí estaria a salvação da casa de D. Antônio: eles morreriam, pois seu organismo já estaria de todo envenenado. Depois de encarniçada luta, onde morreram muitos inimigos, Peri é subjugado e, já sem forças, espera, armado, o sacrifício que lhe irão impingir. Álvaro (a esta altura enamorado de Isabel, irmã adotiva de Cecília) consegue heroicamente salvar Peri. Peri volta e diz a Ceci que havia tomado veneno. Ante o desespero da moça com essa revelação, Peri volta à floresta em busca de um antídoto, espécie de erva que neutraliza o poder letal do veneno. De volta, traz o cadáver de Álvaro morto em combate com os aimorés.
Dá-se então o momento trágico da narrativa: Isabel, inconformada com a desgraça ocorrida ao amado, suicida-se sobre seu corpo. Loredano continua agindo. Crendo-se completamente seguro, trama agora a morte de D. Antônio e parte para a ação. Quando menos supõe, é preso e condenado a morrer na fogueira, como traidor. O cerco dos selvagens é cada vez maior. Peri, a pedido do pai de Cecília, se faz cristão, única maneira possível para que D. Antônio concordasse, na fuga dos dois, os únicos que se poderiam salvar. Descendo por uma corda através do abismo, carregando Cecília entorpecida pelo vinho que o pai lhe dera para que dormisse, Peri, consegue afinal chegar ao rio Paquequer. Numa frágil canoa, vai descendo rio abaixo, até que ouve o grande estampido provocado por D. Antônio, que, vendo entrarem os aimorés em sua fortaleza, ateia fogo aos barris de pólvora, destruindo índios e portugueses.
Testemunhas únicas do ocorrido, Peri e Ceci caminham agora por uma natureza revolta em águas, enfrentando a fúria dos elementos da tempestade. Cecília acorda e Peri lhe relata o sucedido. Transtornada, a moça se vê sozinha no mundo. Prefere não mais voltar ao Rio de Janeiro, para onde iria. Prefere ficar com Peri, morando nas selvas. A tempestade faz as águas subirem ainda mais. Por segurança, Peri sobe ao alto de uma palmeira, protegendo fielmente a moça. Como as águas fossem subindo perigosamente, Peri, com força descomunal, arranca a palmeira do solo, improvisando uma canoa. O romance termina com a palmeira perdendo-se no horizonte, não sem antes Alencar ter sugerido, nas últimas linhas do romance, uma bela união amorosa, semente de onde brotaria mais tarde a raça brasileira.

http://www.resumosdelivros.com.br/j/jose-alencar/o-guarani/

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